quarta-feira, 1 de maio de 2013

No mês de maio a pegada é de um gambá (Didelphis sp.)


Foto: Arquivo Simbiota
Os gambás são marsupiais do gênero Didelphis, pertencente à família Didelphidae e distribuiem-se por todo Brasil. Possui porte médio, com comprimento da cabeça e do corpo entre 305 e 890 mm, comprimento da cauda entre 290 e 430 mm e massa corporal entre 500 e 2750g. A gestação de uma fêmea do gênero Didelphis varia entre 12 e 14 dias, podendo ter um número de até 14 filhotes gerados que são carregados em sua bolsa e, após, em suas costas. Após aproximadamente 60 dias os filhotes iniciam o desmame, que se completa entre 70 e 100 dias (Reis et al., 2006).

Foto: Mariana Faria Corrêa, 2008 (filhote resgatado da mãe morta).

Os gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) possuem hábito solitário e noturno (Cabrera e Yepes, 1960) sendo generalistas de habitats e ocupando principalmente o solo (Leite et al., 1996; Aprigliano et al., 2001; Aléssio et al., 2005; Delciellos et al., 2006). O gambá-de-orelha-preta, Didelphis aurita WiedNeuwied, 1826, é uma das espécies de marsupiais mais comuns na Região Neotropical (Cáceres e Monteiro-Filho, 2000). Com ampla distribuição, essa espécie ocorre do nordeste do Brasil até o Paraguai e norte da Argentina (Gardner, 1993).

São encontrados também na zona urbana sendo vítimas frequentes de agressões e atropelamentos e sofrem muito preconceito por serem considerados animais fedorentos e não carismáticos.


Foto: Mariana Faria-Corrêa, 2009 (Gambá ferido a pauladas na zona urbana)



Tem alguma foto legal de um gambá? Manda pra gente que publicamos no blog!




Referências:


ALÉSSIO FN, ARM PONTES e VL SILVA. 2005. Feeding by Didelphis albiventris on tree gum in the northeastern Atlantic forest of Brazil. Mastozoología Neotropical 12:37-56.

APRIGLIANO P, SR FREITAS, CS SOUZA e R CERQUEIRA. 2001. Preferência de micro-habitat por pequenos mamíferos utilizando modelos nãolineares. Em: V Congresso de Ecologia do Brasil, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
CABRERA, A.; YEPES, J. Mamíferos Sud Americanos. Buenos Aires: Editora Ediar, 1960.
CÁCERES, N. C.; MONTEIRO-FILHO, E. L. A. 2000. The common opossum, Didelphis aurita, as a seed disperser of several plants in southern Brazil. Ciência e Cultura, 52: 41-44 
DELCIELLOS AC, D. LORETO e VZ ANTUNES. 2006. Marsupiais na mata atlântica. Ciência Hoje 38:66-69. GARDNER, A. L. 1993. Order Didelphimorphia. In: WILSON, D. E. & REEDER, D. A. eds. Mammal species of the world a taxonomic and geographic reference. 2ed. Washington, Smithsonian Institution.
LEITE YL, LP COSTA e JR STALLING. 1996. Diet and vertical space use of three sympatric opossums in a Brazilian Atlantic forest reserve. Journal of Tropical Ecology 12:435-440. 
OLIVEIRA et al, 2010. Estudo populacional de gambás, Didelphis albiventris (MAMMALIA, DIDELPHIDAE), em um pequeno fragmento florestal. Mastozoología Neotropical, p.161-165, Mendoza, 2010.
REIS N. R., PERACCHI A. L. e WAGNER A. P., LIMA I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. p. 34-35, Londrina.

Pegadas adaptadas com base em:


Becker, M. & Dalponte, J.C. 2013. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros: um guia de campo. 3ª ed. Technical Books: Rio de Janeiro, 166p.

Instituto Ambiental do Paraná, 2008. 70p.: 112 ilust. Manual de Rastros da Fauna Paranaense./Rodrigo F. Moro-Rios, José E. Silva-Pereira, Patrícia W. e Silva, Mauro de Moura-Britto e Dennis Nogarolli Marques Patrocínio, elaboração.
Manual de identificação, prevenção e controle de predação por carnívoros / Maria Renata Pereira Leite Pitman. [et al.]. Brasília: Edições IBAMA, 2002. 83 p.
http://inorganico.blogspot.com.br/2012/04/guias-de-pegadas-de-mamiferos.html
Identificando mamíferos da Floresta de transição Amazônia-Cerrado: Série Boas Práticas v.7. Responsável técnico: Oswaldo Carvalho Jr. 2012.
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