Versão em português:
Amherst, Massachusetts - Apesar dos
projetos modernos destinados a permitir a passagem dos peixes migratórios,
barragens hidrelétricas em grande parte do nordeste dos EUA, incluindo os rios
Merrimack e Connecticut, têm falhado em permitir que espécies economicamente
importantes como o salmão, o shad e arenque de rio alcancem suas áreas de
desova, disse uma equipe de economistas e ecologistas de peixes, incluindo
Adrian Jordaan (AFS membro, '08), da Universidade de Massachusetts Amherst.
Isso levanta sérias questões sobre o impacto de novas barragens sendo
planejadas e construídas em rios em todo o mundo, dizem os pesquisadores na
edição atual da Conservation Letters. A equipe internacional liderada por J.
Jed Brown, do Instituto Masdar de Ciência e Tecnologia, Emirados Árabes Unidos,
que inclui ainda investigadores da SUNY College of Environmental Science and
Forestry, Syracuse, Virginia Tech, da Universidade do Arizona, Universidade da
Cidade de Nova York e da Universidade de Victoria, British Columbia, bem como
UMass Amherst.
Eles descobriram que, apesar das instalações de passagem de peixes, os
números reais de peixes que passam através delas, há várias décadas, atingiu
apenas uma pequena fração dos objetivos visados. "Pode ser a hora de
admitir o fracasso de passagem de peixes e programas baseados em peixamentos e
reconhecer que a restauração de espécies diádromas ecologicamente e
economicamente significativa não é possível sem remoções de barragens",
diz Jordaan, Brown e seus colegas.
Os três sistemas fluviais estudados, Merrimack, Connecticut e Susquehanna,
são historicamente importantes para as populações de peixes que migram do mar
para desovar nos rios, conhecidos como espécies diádromas. Eles incluem salmão
esturjão, shad, alewife, blueback arenque e enguia. Quatro das cerca de 20
barragens estudadas estão na Susquehanna, com mais de dez no Connecticut e
cinco no Merrimack. Jordaan aponta que a bacia do rio Connecticut tem mais de
1.000 barragens em afluentes, mas aqueles no tronco principal do rio tem o
maior impacto sobre todas as espécies.
O números do shad americano, uma das
espécies de peixe mais consimudas na América, que passou por essas barragens
girou em torno de 2% da meta no rio Merrimack e perto de 0% da meta nos outros
dois. "Estas barragens estão contribuindo para a redução da resiliência
não só do shad, mas todas as espécies diádromas", diz Jordaan UMass
Amherst. "O resultado é que outros fatores, incluindo a mudança climática,
terão um impacto maior sobre essas populações que estão reduzidas a frações
pequenas de seus números históricos".
Metas de restauração do arenque de rio
variam de várias centenas de milhares de milhões de peixes. No entanto, nos
últimos anos, o número de arenques de rio que retornam a esses rios foram em
média menor do que mil peixes. Karin Limburg (AFS membro, '90), um ecologista
da pesca na SUNY Syracuse, diz: "Uma vez que estes rios comportaram
dezenas de milhões de kilos de biomassa dessas espécies e disponibilizaram
importante fonte de proteína para uma nação em crescimento."
Usando dados publicamente disponíveis
coletados por diversas agências desde 1960, a equipe de pesquisa mostra que
essas instalações de passagens de peixes têm sido infrutíferas. Algumas
espécies migratórias, como o esturjão, simplesmente não passam. Mas mesmo as
espécies que conseguem passar, fazem isso em números muito menores do que as
metas propostas.
Eficiência de todo o sistema de
passagem de um rio, definida como a passagem dos peixes pela barragem mais a
jusante até a barragem mais à montante de um tributário principal, resulta em
menos de 3% da população migrante, reoportram os investigadores. Muitas das
espécies necessitam de habitat a montante destas barragens, e sem isso as
populações de peixes diádromas não irão se recuperar, se o desempenho referido
for uma indicação do sucesso futuro.
Os pesquisadores observaram que em uma
passagem de peixes onde existe um centro educacional, nenhum peixe sequer
passou pela estrutura em um ano típico. Eles ainda acrescentam que estratégias
e técnicas não só têm falhado em ajudar os peixes a vencer essas barragens em
rios, mas as perdas de peixes diádromos nos sistemas de rio também tem
resultado em um grande impacto sobre a pesca de alimentos e a biodiversidade.
Jordaan disse ainda que eles também representam perda de produção e
enfraquecimento das teias alimentares marinhas.
Os autores defendem a necessidade de
que se encontrem novas abordagens para o problema e fazem um chamado para os
ecologistas e economistas para propor alternativas às barragens instaladas em
calhas principais de rios. No Maine, segundo eles, uma solução criativa
desenvolvida por uma ampla coalizão era comprar duas barragens da calha
principal do maior rio do estado, o Penobscot. Essa estratégia oferece uma situação
ideal, porque o rio se divide em dois rios na porção inferior da bacia
hidrográfica, permitindo o aumento da capacidade hidrelétrica em uma calha para
compensar a concessionária de energia elétrica, com a geração de energia
alternativa. Mas Jordaan diz que continua a ser analisado se a situação não
pode ser melhorada para a migração dos peixes rio acima, sem mais remoções de
barragens na calha principal e do rio e de seus afluentes. E o desafio será
muito maior em rios mais típicos, como o Connecticut e outros grandes rios da
costa leste, que não oferecem "dois rios em um."
Ele acrescenta: "Nós sentimos que
a perda destas espécies representa a perda de conexão entre ambientes marinhos
e de água doce que é mais importante do que os números". Suas conclusões
servem como uma advertência, diz ele, para os planejadores na China, Laos e
Camboja, onde os engenheiros estão a ponto de construir centenas de novas
barragens nas calhas principais de grandes rios como o Mekong, o segundo
sistema de água doce com maior biodiversidade e aquele que detem a maior
produção pesqueira em águas interiores do mundo inteiro.
Para o futuro, Jordaan UMass Amherst,
recebeu recentemente uma bolsa do Programa Lenfest Ocean of Pew Charitable
Trust para avaliar o papel histórico de peixe forrageiros na perda de produção
da pesca e as implicações para a sustentabilidade futura.
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New UMass Amherst Research Shows Fishways Have Not Helped Fish
NEW RELEASE
Original
AMHERST, Mass. – Despite modern designs intended to allow migratory fish to pass, hydropower dams on major Northeast U.S. waterways, including the Merrimack and Connecticut rivers, have failed to let economically important species such as salmon, shad and river herring reach their spawning grounds, say a team of economists and fish ecologists including Adrian Jordaan (AFS member, '08) of the University of Massachusetts Amherst.
New UMass Amherst Research Shows Fishways Have Not Helped Fish
NEW RELEASE
Original
AMHERST, Mass. – Despite modern designs intended to allow migratory fish to pass, hydropower dams on major Northeast U.S. waterways, including the Merrimack and Connecticut rivers, have failed to let economically important species such as salmon, shad and river herring reach their spawning grounds, say a team of economists and fish ecologists including Adrian Jordaan (AFS member, '08) of the University of Massachusetts Amherst.
This raises serious
questions about the impact of new dams now being planned and constructed on
major waterways worldwide, say the researchers in the current issue of Conservation Letters. The
international team led by J. Jed Brown of the Masdar Institute of Science and
Technology, United Arab Emirates, included investigators at SUNY College of
Environmental Science and Forestry, Syracuse; Virginia Tech, the University of
Arizona, City University of New York and the University of Victoria, British
Columbia as well as UMass Amherst.
They found that in
spite of state-of-the-art fish passage facilities, actual numbers of fish
passing through them over several decades reached only a tiny fraction of
targeted goals. “It may be time to admit failure of fish passage and
hatchery-based restoration programs and acknowledge that ecologically and
economically significant diadromous species restoration is not possible without
dam removals,” say Jordaan, Brown and colleagues.
The three river
systems studied, the Merrimack, Connecticut and Susquehanna, are historically
important for fish populations that migrate from the sea to spawn in rivers,
known as diadromous species. They include sturgeon, salmon, shad, alewife,
blueback herring and eel. Four of the nearly 20 dams studied are on the
Susquehanna, with more than 10 on the Connecticut and five on the Merrimack.
Jordaan points out that the Connecticut River watershed has more than 1,000
dams on tributaries, but those on the river’s main stem have the most impact on
all species.
Numbers of American
shad, once one of America’s premier food fish, that passed through these dams
has hovered around 2 percent of the target in the Merrimack River and close to
zero percent of target in the other two. “These dams are contributing to reduced
resilience of not only shad, but all diadromous species,” says UMass Amherst’s
Jordaan. “The result is that other factors including climate change will have a
greater impact on these populations that are at fractions of their historical
levels.”
Restoration targets
for river herring vary from several hundred thousand to millions of fish.
However, in recent years, river herring returns on these rivers have averaged
less than a thousand fish. Karin Limburg (AFS member, '90) , a fisheries ecologist
at SUNY Syracuse, says, “Once these rivers supported tens of millions of pounds
of biomass of these species and provided valuable protein to a growing nation.”
Using publicly
available data collected by various agencies since the 1960s, the research team
shows that these state-of-the-art fish passage facilities have been
unsuccessful. Some migratory species, such as sturgeons, do not pass through at
all. But even the species that do make it through do so in numbers far less
than stated targets.
System-wide passage
efficiencies, defined as passage from the most downstream dam in a river up
past the uppermost main stem dam with fish passage facilities, hover at less
than 3 percent, the researchers report. Many of the species require habitat
upstream of these dams, and without it diadromous fish populations are unlikely
to recover, if past performance is an indication of future success.
The researchers note
that at one fish passage facility with an educational center, no fish at all
passed in a typical year. Strategies and techniques have not only failed to
help fish cope with dams on these rivers, they add, but the losses of
diadromous fish in the river systems has a major impact on food fisheries and
biodiversity. Jordaan says they represent lost seafood production and greatly
weakened marine food webs.
The authors support
finding new approaches to the problem and call for ecologists and economists to
propose alternatives to main stem dams. In Maine, they note, one creative
solution developed by a broad coalition was to purchase two main stem dams on
the state’s largest river, the Penobscot. It offers an ideal situation because
it splits into two rivers low in the watershed, allowing augmented hydropower
capacity in one branch to compensate the electric utility with alternative
power generation. But Jordaan says it remains to be seen whether the situation
there can be improved for fish migrating upriver without more dam removals in
the main stem and tributaries. And the challenge will be much greater in more
typical rivers such as the Connecticut and other major east coast rivers that
do not offer “two rivers in one.”
He adds, “We feel
these species represent a lost connection between marine and freshwater systems
that is more important than the numbers.” Their conclusions serve as a
cautionary tale, he says, for planners in China, Laos and Cambodia, where
engineers are on the verge of constructing hundreds of new main stem dams on
major rivers such as the Mekong, the second most biodiverse freshwater system
and host to the world’s most productive inland fisheries in the world.
For the future, UMass
Amherst’s Jordaan recently received a grant from the Lenfest Ocean Program of
Pew Charitable Trust to evaluate the historical role of forage fish in lost
fisheries production and the implications for future sustainability.
Fonte: Google
Groups "American Fisheries Society"